sábado, 22 de maio de 2010

PEROLAS


Eu a vi pela primeira vez , trabalhando em uma locadora de vídeo, sua beleza chamava muito a atenção, tinha um rostinho ainda de menina, mas aparentava ter muito mais idade, se não me engano tinha 14 anos, e quando a conheci melhor, percebi que além da beleza, era muito simpática, atenciosa e prestativa. Suas qualidades escondia a infância sofrida, e foram decisivas para sua vida, cultivando muitas amizades.
Em uma cidade pequena, todos acabam encontrando-se, e em um desses encontros passamos a trabalhar juntos, foi fácil para ela enxergar através de minha carranca, que eu não era tão assustador como aparento e a partir desse momento iniciava uma bela amizade.
Depois de muitos convites, após alguns anos sem vê-la, fui visitá-la. Não entendo porque deixamos a rotina nos prender e nos afastar das pessoas que amamos, que fim de semana maravilhoso, nos reunimos em sua casa, eu a Neusa , a Tânia e a Ivana.
Obrigado Erika e Cassiano por todo o carinho, e obrigado também a todos os amigos que curtiram comigo um inesquecível fim de semana.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

SOBRE O DIA DAS MÃES


minha filha Maísa no colo de minha mãe Virginia

minha mãe e minha filha Aline

minha companheira Neusa, minha mãe e minha irmã Adenilda

O surgimento do movimento carismático na igreja católica, foi o fator determinante para o meu afastamento da mesma.
Minha mãe, sempre foi uma mulher de muita fé religiosa, mas não era freqüentadora da igreja, dizia que pra falar com Deus não era preciso ir à igreja, bastava se trancar no quarto e rezar, minha mãe rezava muito, sua vida era muito difícil, e sua crença em Deus ajudou-a sobreviver a tantas dificuldades que a vida lhe impôs. Muito pobre, passou vários anos vivendo na cidade com os filhos enquanto meu pai trabalhava no sitio, passava vários dias sem ir para casa. Decidiram que os filhos teriam que ir para a cidade(Bandeirantes) para aprender uma profissão, minha irmã mais velha Maria José(Nega), foi trabalhar de doméstica, meus dois irmãos Sebastião e José foram trabalhar em uma retifica de motores para aprender a profissão de mecânico(com menos de dez anos de idade), minha irmã mais nova(Adenilda) e eu(que já nasci na cidade) fomos estudar.
Mesmo não freqüentando a igreja, minha mãe fez questão que eu fizesse a catequese, em todo evento em que os pais eram convidados: seja na igreja, ou seja na escola, sempre estava minha mãe sozinha, meu pai nunca ia, eu percebia sempre em seu rosto a tristeza ao ver outros pais acompanhando suas esposas.
As lembranças que tenho de Bandeirantes são muito poucas, lembro-me das tardes de quarta feira, das senhoras que iam às novenas na igreja matriz, eu estranhava o ruído que elas faziam ao cochichar baixinho, parecia um assovio. Em relação a igreja, em Bandeirantes, a lembrança mais forte que tenho é da campanha no inicio dos anos 70 contra o divorcio, houve uma grande mobilização das famílias em frente a igreja.
Em Campo Mourão, já adolescente com 14 anos, comecei a freqüentar a capela do jardim alvorada. Aos 15 anos, já coordenava um dos subgrupos do grupo de jovens do jardim alvorada, o grupo na época contava com 80 participantes, por isso havia divisão em grupos menores, participei também ainda na adolescência da diretoria da capela. Através desse grupo de jovens tive a oportunidade de participar do congresso nacional da juventude em Aparecida do Norte, e depois de conhecer outros companheiros de outras comunidades de Campo Mourão. Minha mãe acompanhava de longe, apenas nos eventos mais importantes ela se fazia presente.
Dias atrás recebi um email que apontava a falta da crença em Deus como causa dos grandes conflitos que estamos vivenciando, principalmente em relação aos jovens. Então tentei fazer um paralelo dessa crença com a família, e voltei no tempo, e acabei por concordar em termos com o email.
Hoje não creio mais nesse Deus da minha infância e adolescência, mas como ele faz falta, como faz falta a casa de minha mãe. Uma psicóloga disse que as pessoas de esquerda sofrem mais, e é verdade, talvez enquanto estamos alienados, acreditando em Adão e Eva, em um salvador, acreditando que apenas pela oração a vida vai melhorar, os problemas irão se resolver, talvez pela falta de conhecimento a gente sofra menos.
Bons tempos aqueles em que apenas importava os ensinamentos de minha mãe, que em meus momentos de maior angustia ou duvida, nela eu tinha a certeza de uma fortaleza para me abrigar. Hoje ela está de cama, não consegue mais nem andar, ela que atravessava a cidade de Bandeirantes com uma trouxa de roupa na cabeça para conseguir míseros trocados, para nossa sobrevivência, ela que abdicou de sua vida, a partir da nascimento de seus filhos, ela que passou muitas horas de sua vida ajoelhada no quarto rezando por seus filhos, ela que passou muitas noites de sua vida acordada até o momento em que os filhos retornassem à casa. Mas hoje ela está lá, de cama, contando as horas e dias, que algum filho distante vá passar um momento ao seu lado. Eu aqui distante, me considero uma pessoa privilegiada por ter tido uma família, por ter tido uma mãe, a mãe VIRGINIA.

terça-feira, 4 de maio de 2010

ACREDITO NA RAPAZIADA



Sexta-feira, 30 de abril estive com esses jovens, momentos antes de irem a Curitiba participar das comemorações do dia do trabalho, faltou pouco para que eu fosse junto rsrs.
Como o tempo voa, parece que foi ontem que estávamos nós, com toda a energia e fé da juventude, participando ativamente das lutas em Campo Mourão. Através da fundação do PT, reunimos grandes companheiros de diversas comunidades, acho que a maioria oriunda da PJMP, Mario, Carlinhos, Davantel, Elcio, Elizeth, João Marcos, Selma, Beth, Claudia, Elton; do DCE: Neusa, Janetinha, João Carlos ,nos unimos com o Seu Milton( sind. Metalúrgicos), Chico, Alba, Darci(sind. Bancários); Miguel Preto, Professor Eurides, Padre Chico Prim e é claro muito mais gente, e os que não citei me perdoem, pois minha memória é fogo rsrs.
Foi um momento de grande mobilização popular em todo o Brasil, houve várias greves, teve companheiras e companheiros que chegaram a deitar em frente aos ônibus da Viação Mourãoense para que os mesmo não circulassem no dia de greve.
E o momento mais marcante para mim, foi a campanha de 1988, onde atuamos com uma peça Teatral, como forma de atrativo para o público, pois claro, não tínhamos grana para pagar outra atração artística, rsrs. Dirigidos pela Janetinha, eu a Neusa, o Carlinhos, o Elcio, a Beth, o Padre Chico, espero não ter esquecido de ninguém, nos divertíamos no palco, com um texto político, que abordava entre outros assuntos, a compra de voto, a exploração do trabalhador, etc. O Carlinhos era uma doméstica kkkkkkkkkkk, vivia me mordendo o pescoço no palco kkkkkkkkkk.
Memoráveis eram as reuniões que fazíamos na casa do Eurides, grandes discussões, grandes idéias, grande momento.
Tenho certeza que esse grupo contribuiu e claro, continua contribuindo e muito para que outros jovens, como esses que encontrei dia 30 na casa do Anderson, estejam a frente da luta, parabéns para essa juventude.
“Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada”
Gonzaguinha

sábado, 1 de maio de 2010

LULA-LÁ


é interessante como as pessoas são reprimidas, acho que as pessoas simples que ainda relutam em aceitar o governo Lula e acabam reproduzindo a ideologia da midia dominante, reprimem esse grande momento histórico que estamos vivendo, ouvi o discurso do companheiro Presidente Lula em São Bernardo, não tive duvida, não reprimi meu choro, chorei, chorei, chorei com muita alegria, por fazer parte da história de meu País, chorei por ser brasileiro, chorei ao lembrar com orgulho do meu PRIMEIRO VOTO, chorei com orgulho por ter participado da primeira campanha do PT para a prefeitura de Campo Mourão, chorei por todos companheiros que conheci e convivi, viva todos os trabalhadores brasileiros, viva o PRESIDENTE LULA